Março, tempo de beleza

Wanderlino Arruda

Março, mês de menina-moça, linda, alegre, caminhando docemente para a escola! Março, mês de cores juvenis de uniformes escolares, de blusas moderninhas modelando corpos de maravilhoso alvorecer para a vida de sonhos e aprendizado! Março, tempo de faceirice, andares calmos ou ligeiros de moças em flor, nos enleios que só o início de aulas pode oferecer! Em março, as meninas ainda estão despreocupadas, com sabor de férias, alegres pelo recomeço das aulas e saudosas das muitas horas de folga espairecidas desde dezembro! Março, mês de encontros e reencontros da gostosa vida entre colegas e novas coisas a aprender! Um mundo novo, vida renovada de quem ainda pouco viveu!
Gosto imensamente do mês de março porque é recomeço, início de novo brilho na luz da caminhada de todos os jovens escolares.
Em março há certeza de que tudo se renova na existência humana, a exemplo do que faz a natureza depois das primeiras chuvas da Primavera. Em março as ruas ficam mais movimentadas, são mais ricas de encanto, têm mais horas de alegria e descontração. Afinal, desde que o sol desponta, vão e vêm meninas de bicicleta, desafiando a brisa, cabelos esvoaçantes, mochilas de livros para indicar o destino! Mais interessantes ficam os pontos de ônibus, assim-assim de beleza e gosto de viver! E as motocas? Nas motocas, elas passam desafiando destino e futuro, velozes como navegantes do cosmo ou do infinito!
Em março as moças são como flores - rosas, lírios campestres - belezas de todos os jardins. Em março as moças são como a água cristalina das fontes, puras transparências de amor! A menina-moça parou um pouquinho para descansar? Sentou em um banco de jardim ou olhou para trás na esquina? Sorriu para um amigo ou colega que tem o mesmo destino? O que faz a menina-moça de março, tempo de tanto encanto? Tudo lindo, jóias de momentos que justificam e anistiam a vida, que fluidificam as esperanças. Não sei o que seria da vida se não existisse março! Não sei o que seria da vida se não existissem os sorrisos e a confiança da juventude!
Mas, como existem, a vida continua!